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27/06/17 - COBOGS: elementos vazados, sempre clssicos e sempre atuais
 
Nos trópicos, a luz do sol incide de forma generosa. Os elementos vazados desenham a sombra nos pisos e paredes, um efeito que transforma todo o ambiente para quem o vê desde o exterior ou interior. Durante as estações e ao longo dos dias essa luz natural surge de diferentes formas como um componente que sobrevém na Arquitetura. No decorrer da noite, a luz artificial atravessa os pequenos vãos do interior para o exterior, tornando a arquitetura uma espécie de luminária urbana que interage com as sombras de seus usuários e mobiliário. Além de sua função, o cobogó, uma criação brasileira, traz consigo certa poética ao projeto de arquitetura. 
 
Um grupo de engenheiros - o português Amadeu Oliveira Coimbra, o alemão Ernesto August Boeckmann e o brasileiro Antônio de Góis - foram os criadores do “cobogó”, elemento que permite a entrada de luz solar e ventilação natural, utilizado nas aberturas de construções e na divisão de ambientes.
 
O cobogó surgiu na década de 1920, em Recife, e teve seu nome oriundo da junção da primeira sílaba dos sobrenomes de seus criadores. São uma herança da cultura árabe, baseado nos muxarabis – construídos em madeira, eram utilizados para fechar parcialmente os ambientes internos. 
 
Apesar de ser criado em Recife, o cobogó foi difundido por Lúcio Costa em referências sutis à arquitetura colonial, tornando-se um elemento compositivo presente na estética da arquitetura moderna brasileira. Apesar da permeabilidade visual, os cobogós, de certa forma, trazem privacidade ao usuário. Feitos de cimento e tijolo no início, passaram a ser produzidos também em cerâmica e outros distintos materiais.
 

 

 



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